sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

E seremos a geração que... morreu sem realizar o que queimava no coração dela.


“E seremos a geração que dança. E seremos a geração que canta.” E daí? Grande coisa. Vamos ser honestos, quem sonhava com isso. Eu não. Sei lá, mas eu sonhava com algo tipo missões, ganhar almas, marcar minha geração, morrer pelo evangelho. Pode me chamar de José se quiser, o sonhador, não me importo, pois não coloco muito valor na palavra, ou melhor, critica de alguém que depois de muitos anos ainda está tentando pular como um coelho nas conferências realizando seu sonho de ser a geração que canta e dança. Deus me livre!

Eu acho que a coisa que mais me irrita hoje, além do lixo sendo pregado nos púlpitos, é que foi isso que nós vendemos para uma geração; uma geração que está agora casada, barriguda, e que nem dança mais, pois tem medo de enfartar. Caraca, o que aconteceu? Onde nós erramos? Era tanto potencial e disposição e agora é “comunhão na casa de Fulano”.

Quando era para nós enviarmos eles, nós seguramos, pois queríamos o grupo maior da cidade.
Eles queriam ser missionários, então ensinávamos umas peças, pintaram seus rostos e os levaram para a praça mais perto para que pudessem ser completamente humilhados e nunca falar de missões de novo. Só pra saber, “Aquilo era missões?”.

E agora tem entrado uma nova geração e nós estamos cometendo os mesmos erros e pecados. Quando olhamos para os jovens da igreja, é obvio que temos falhado em capturar seus corações e imaginações. Nós temos falhado em dar a eles uma razão de viver, uma causa pelo que dar as suas vidas. Nós temos falhado em mostrar algo a eles tão importante que vale a pena morrer por ele.

Quando você olha nos seus olhos não há fogo, não há vida. Vida para eles é quatro horas na frente do computador batendo papo com seus amigos virtuais. Mas eles não têm nada que queima no coração deles, que faz eles sair da cama na manha, que possuí eles. Eles não têm nada pra que viver e bem menos nada pelo que morrer.

Nós falávamos para eles que Deus queria os usar e depois os fechamos em prédios com bandas, pizza e luzes coloridas para gastar a noite dançando e cantando enquanto o mundo lá fora está passando fome, morrendo e indo para inferno. Será que é isso que estávamos referindo quando falávamos que “Deus quer os usar”? Será que não tem mais? E se eles mostram uma preocupação com aqueles fora da “terra protegida”, nós falamos que não são preparados, que sua hora vai chegar. Por enquanto, é festa e alegria. Pegue mais um pedaço de pizza.

Nós falávamos para eles que podiam mudar o mundo enquanto eles nem sabem como mudar as suas próprias vidas. E em vez de confrontar eles na maneira que vive e seus valores, nós mudamos a estrutura da igreja para acomodar eles. Nós criamos “namoro santo” e colocamos “play stations” na sala de oração. Mas, não muito tempo depois, a nossa estrutura não os satisfazia mais. Em vez de treinar eles, nós temos entretido eles. Em vez de desafiar eles, acomodávamos e acabávamos frustrando e perdendo eles, pois a verdade é que não era isso que eles queriam.

Cada geração precisa de uma bandeira pra levantar, uma causa pra abraçar, algo para dar as suas vidas, mas em algum lugar no caminho somente Jesus e salvação não passaram de ser suficientes. Somente alcançando os perdidos parecia de ser algo comum demais. Então, nós começamos falar em milagres e mortos ressuscitando. Nós tentamos criar coisas melhores mais barulhentas, mais animadas, projetos que iam no fim fazer nada mais do que ocupar seu tempo e os fazer pensar que estavam fazendo algo enquanto não estavam realizando nada. Nós críamos uma geração que canta e dança, mas não faz nada mais do que isso, e eles sabem disso. Ninguém foi enganado e eles ainda estão tentando se descobrir e achar seu propósito, sua razão de viver, e morrer.

Preguiçoso, desinteressado, não produtivo: termos que muito bem podem ser usados para descrever essa geração que uma vez tinha esperança em ser usada e marcar o mundo. Mas, por quê? Por que nós não demos nada pra eles fazerem de verdade. E vamos ser honestos, esperando é ruim. É agora ou nunca. Nós os desafiamos agora, nós os treinamos agora, nós investimos neles agora, ou nós os perdemos para sempre.

75% dessa geração estão deixando a igreja para não voltar mais.

Considere isso uma carta de um velho que chora para a juventude, que lamenta tanto potencial perdido, que quer pedir seu perdão.

Jeff Fromholz


Extraido do Site www.geracaobenjamim.com

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ainda existe uma cruz,a cruz de Cristo...



Outro dia eu assisti uma mensagem no YouTube intitulada “Pregação Chocante” de Paul Washer, a mensagem faz por merecer ao título. Este jovem americano aparentando seus 26 anos começou a pregar a um ginásio lotado, dizendo as seguintes palavras:

“Creio que em menos de cem anos grande parte dos que estão nesse ginásio, estarão no inferno...”

Existia algo no olhar desse jovem que expressava o quanto ele estava incomodado com isso, e podíamos ver o quanto suas palavras vinham do fundo da alma.
Refletindo em tudo que ele disse pude concluir que realmente é verdade. Hoje em nossas igreja, o que vemos é simplesmente vaidade, como diz o autor angustiado de Eclesiastes.

Nossas igrejas estão transbordando de orgulho, falsidade, indiferença, rancor e faltando humildade, lealdade, amor e principalmente Jesus Cristo.

A cruz de Cristo deixou de ser pregada para dar lugar a sermões inspiracionais.Fazendo com que o membro saia da igreja se sentindo no céu mas com o coração nas coisas do mundo.

Lutero, descobriu com a teologia da cruz que foi nela, a cruz, que nossos pecados foram levados e é nela que podemos levar a mensagem de salvação, sendo assim, podendo ser vistos como justos aos olhos de Deus.

Quando o povo evangélico começou a chegar ao Brasil sofremos uma grande repressão religiosa da parte da religião predominante na época, obrigando-nos a construir nossos templos de forma que a arquitetura não se parecesse nem um pouco com uma igreja, tirando assim, das igrejas protestantes, o direito de usar a cruz vazia, símbolo da ressurreição de Cristo. Com isso, podemos dizer que da mesma forma que nessa época a cruz de Cristo foi tirada das igrejas, assim também ela vem sendo tirada de nossos corações e trocada por promessas de uma vida fácil onde o que se quer se tem, dizendo que isso é determinado por suas próprias palavras.Não estou dizendo que em todas as igrejas isso é pregado, mas a teologia brasileira atual vem se baseando nisso.

"Reconstruindo o que Jesus derrubou,re-costurando o véu que a cruz já rasgou, ressuscitando a lei pisando na graça" como diz o musico João Alexandre

Como fez Lutero, grande reformador da igreja no séc. XVI, devemos lutar por uma reforma no Sistema Evangélico Brasileiro, trazendo de volta a essência de tudo que foi pregados por milhares de anos por mártires que deram sua vidas afim de que o Cristianismo genuíno fosse pregado. Uma luta não com armas, nem canhões, nem se quer palavras, mas sim de atitude de vida, e vida que expressa a presença da Cruz de Cristo em nossos corações.

Não sei se nossa geração verá um país liberto do “religiosismo” e inundado do amor de Cristo, com pessoas que, tomem a sua cruz e sigam, cada dia neguem a si mesmos e tudo aquilo que os impede de estar mais perto de Deus.

Cabe a mim e a você. Para que as próximas gerações vivam...

...a Cruz de Cristo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

“Os céus proclamam a glória de Deus ...” Salmo 19 a




Nas ultimas semanas pude ir para casa dos meus pais que fica no litoral de São Paulo. Uma pequena cidade onde o perfume da mata atlântica pode ser sentido ao entardecer junto com a leve brisa oceânica, anunciando que a noite breve chegará.

Numa dessas noites em casa, eu pude contemplar algo que havia esquecido de olhar, algo que a tanto tempo estava diante de mim mas sem qualquer motivo aparente havia sido deixado de lado.... O céu estrelado de uma noite escura!

Lembro-me de quando era adolescente e nas noites de outono quando eu subia no pequeno terraço da casa dos meus pais e passava horas olhando para aquela imensidão, me sentindo tão pequeno e fraco. Ali, naquelas preciosas noites eu adorava a Deus pela sua grandeza e conversava com Ele sobre coisas que estavam em meu coração.

Desta vez que fui pra casa pude relembrar esse “tempo com Deus”, e olhando para aquele céu completamente estrelado, lembrei da frase:
”...é na noite mais escura que as estrelas brilham mais forte” e quanto mais escuro está ao redor, mais forte fica o brilhos das estrelas.

Creio que em nossas vidas passamos por situações onde a escuridão nos envolve, e não sabemos para onde ir ou que passo tomar. Mas é nessa hora que podemos saber que Deus está presente e nesses momentos mais tristes, podemos olhar para cima e ver a grandeza de uma Deus que criou todas as coisas trazendo socorro ao aflito, descanso ao cansado e enxugar toda a lagrima que essas situações pode fazer brotar em nosso coração.

Por isso saiba, que não importa a situação ou circunstância em que você está passando, ao em vez olhar para a escuridão que te rodeia, olhe para cima e veja que o socorro vem do alto como o brilho das estrelas em uma noite escura.

Pedro Varga.